sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Polícia divulga imagem de padrasto e mãe de menino achado morto em freezer

Polícia divulga imagem de padrasto e mãe de menino achado em freezer (Reprodução/TV Globo)A polícia de São Paulo divulgou imagens da mãe e do padrasto do menino Ezra, de 7 anos, encontrado morto dentro de um freezer na residência onde vivia com os pais, na região central de São Paulo. O vídeo de câmeras de segurança do aeroporto de Guarulhos mostra Lee Ann Finck e Mzee Shabani passando pelo saguão com as duas filhas no dia 3 de setembro, pouco antes do embarque para o continente africano.

O corpo do menino foi encontrado um dia depois no edifício onde a família morava, na Rua Santo Amaro.

As informações foram passadas ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) pela Polícia Federal, que encontrou os registros da saída de Lee, Mzee e as duas filhas do casal. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo não especificou, no entanto, para qual país africano o casal e as duas filhas viajaram.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o casal não foi indiciado pelo crime e por isso não é considerado foragido. O DHPP aguarda o laudo necroscópico para saber a causa e a data da morte do menino.

Imagens

Imagens de câmeras de segurança mostram que no dia 28 de agosto, o freezer é carregado pelos corredores do prédio até o apartamento onde a família morava. Seis dias antes, no dia 22, as mesmas câmeras registraram o menino entrando no hall do prédio e, em outro momento, cumprimentando um vizinho.

Histórico de problemas

O Conselho Tutelar informou que Ezra foi atendido em junho de 2014 após receber denúncia que a criança apresentava sinais de espancamento. A mãe declarou, segundo o conselho, que batia "no intuito de educar, e não machucar".

No mesmo ano foi concedida uma liminar de acolhimento, suspendendo o convívio familiar de Ezra com o padrasto e a mãe. Em 15 de janeiro deste ano, o juiz Rodrigo Vieira Murat permitiu o retorno do menino ao convívio com o casal e determinou que o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) acompanhasse a família por seis meses.

O desembargador do Tribunal de Justiça, Antônio Carlos Malheiros, disse que o menino foi acompanhado durante seis meses e depois devolvido à família após pedido da própria criança.

Sepultamento

Como nenhum familiar procurou o IML (Instituto Médico Legal) para liberar o corpo da criança, o delegado que investiga o caso prorrogou o prazo de reconhecimento de três dias para que o menino não seja enterrado como indigente. A polícia informou que entrou em contato com o consulado da África do Sul para tratar de liberação do corpo de Ezra.

Segundo o boletim de ocorrência, o menino teria aparentemente cinco anos e vivia com a mãe, o padrasto de 26 anos e duas irmãs.

G1

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