terça-feira, 15 de setembro de 2015

Após reunião com Dilma, líderes na Câmara preveem resistência à CPMF

Líderes da base aliada do governo na Câmara que participaram nesta terça-feira (15) de reunião com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto disseram ao G1 que será "muito difícil" para o governo conseguir aprovar a recriação da CPMF no Congresso.

Dilma informou que enviará ao Congresso uma proposta que institui uma Contribuição Provisória de Movimentação Financeira (CPMF) com alíquota de 0,2% sobre as transações financeiras, como forma de financiar a Previdência Social. Mas o governo negocia com governadores e com lideranças parlamentares a aprovação pelo Congresso de uma alíquota maior, de 0,38%, a fim de contemplar estados e municípios com a parcela da arrecadação que exceder 0,2%.

"Todos, sem exceção, falaram que as dificuldades serão muito grandes", declarou o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), que participou do encontro com a presidente.

De acordo com o deputado, Dilma discutiu com os deputados a possibilidade de o Congresso elevar a alíquota da CPMF. Segundo Rosso, ela destacou que o Legislativo é “soberano” e que poderá fazer essa modificação.

“A presidente falou que os governadores, inclusive ontem [segunda-feira, 14] no jantar, sugeriram que eles também façam parte, pediram que o governo mudasse a proposta. Ela disse que o Congresso é soberano e poderá mudar, e falou que os governadores afirmaram que irão ao Congresso, para tentar essa alteração”, disse.

O líder do PR, deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), também relatou que o clima da reunião foi de resistência às propostas de ajuste fiscal. Segundo ele, os parlamentares defenderam que a equipe econômica “mude o eixo” do ajuste e faça mais cortes, em vez de recriar a CPMF.

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