Enquanto Canindé, Varjota e Baturité preocupam os órgãos de saúde pública, em razão do maior risco de surto da dengue no Ceará, e mais outras 45 cidades estão em alerta, 23 municípios do Ceará apresentam uma realidade inversa. Até a divulgação dos dados do último boletim emitido pela Secretária de Saúde do Ceará (SESA), divulgado na última sexta-feira, 10, esses 23 não apresentavam registros de casos notificados e confirmados de dengue no Interior do Estado. Desses, 17 não registravam nem índices de infestação predial pelo mosquito Aedes aegypti.
Conforme o levantamento feito através do boletim da SESA, Apuiarés, Paraipaba, São Luiz do Curu, Tejuçuoca, Acarape, Guaiúba, Palmácia, Redenção, Aracoiaba, Aratuba, Guaramiranga, Mulungu, Itatira, Madalena, Fortim, Pedra Branca e Senador Pompeu ainda não tem nenhum caso de dengue registrado este ano. Além desses municípios, Banabuiú, Choró, Ibaretama, Milhã, Quixadá e General Sampaio entram na lista, embora apresentem focos do inseto transmissor em parte dos imóveis.
O segredo, positivo, apontado pelos gestores de alguns desses municípios está na consciência social coletiva e na ação da cadeia de saúde pública local. Trata-se de um trabalho demorado e contínuo, realizado ao longo dos últimos anos. De um lado a população colabora, evitando a proliferação do vetor de transmissão, o Aedes aegypti, e do outro há a constante vigília das equipes de saúde. Outras ações realizadas para elevarem a corresponsabilidade dos moradores são a mobilização estudantil e a utilização das redes sociais e programas de rádio. Neles, o recado é direto: a dengue mata.
DN Sertão Central
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