Depois de entregar o comando da reforma política para o DEM, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu oferecer a segunda comissão mais importante da Casa, a de Finanças e Tributação, ao PSDB.
Com o aceno, o peemedebista contempla os dois partidos que lideram a oposição à presidente Dilma Rousseff e enfraquece ainda mais o PT, que ficou sem cadeira na Mesa Diretora da Casa e com menos influência nas comissões.
A Comissão de Finanças é responsável por analisar as principais matérias orçamentárias, normas para licitações e contratos, propostas que afetem receitas ou despesas públicas, contribuições sociais, entre outros temas.
Deputados do PT presidiram o colegiado entre 2007 e 2011. Nos últimos três anos, a chefia foi do PMDB.
O aceno de Cunha ao PSDB é uma retribuição pelo compromisso assumido pelos tucanos com ele na eleição para a presidência da Câmara.
O PSDB apoiou o deputado Júlio Delgado (PSB) no primeiro turno da disputa, mas combinou que apoiaria Cunha se ele tivesse que disputar um segundo turno com Arlindo Chinaglia (PT-SP), o candidato do Planalto.
Cunha foi eleito no primeiro turno, graças à divisão do bloco governista, impondo uma derrota histórica aos petistas. Embora não tenha precisado dos votos tucanos, o peemedebista quer mostrar que cumpre suas promessas.
O PSDB ainda discute internamente se ficará com a Comissão de Finanças ou se preferirá chefiar a Comissão de Minas e Energia, onde poderia influir na discussão sobre as atuais dificuldades enfrentadas pelo setor elétrico.
“Os grandes e graves problemas do setor elétrico podem levar o partido a optar por Minas e Energia”, disse o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP).
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