Os dados foram apresentados à Fetamce pelos sindicatos de servidores filiados, que negociam as demandas dos trabalhadores com as prefeituras cearenses, dentro das atividades da Campanha Salarial Unificada 2015.
Ainda segundo a Federação, além do reajuste, está havendo também a regulamentação nas cidades de outro mecanismo da Lei do Magistério, que reserva um terço da jornada de trabalho dos professores para atividades extraclasse. A demanda passou a ser atendida em pelo menos três novas localidades: Orós, Crateús e Ipueiras.
“O resultado preliminar mostra que há sim capacidade de os municípios oferecerem pelo menos 13% de reajuste para os professores, haja vista o resultado inicial em cidades de médio e pequeno porte, pois crise só há no bolso do trabalhador e não no cofre de muitas prefeituras”, comentou Enedina Soares, presidenta da Fetamce.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, o novo piso resulta em um aumento de cerca de 7 bilhões de reais nos gastos dos municípios brasileiros. Assim como a entidade, especialistas em educação ressaltam que o reajuste federal viola a autonomia dos municípios e provoca impacto significativo nas contas públicas locais.
“Em um grande número de municípios brasileiros, a folha de pagamento dos docentes consome de 80% a 90% do orçamento para a educação. E como o reajuste afeta também o salário dos professores aposentados, as despesas decorrentes do aumento podem ser o dobro do que se calcula”, diz João Batista Araujo e Oliveira, presidente do Instituto Alfa Beto.
Ceará Agora
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