quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Record ataca Globo, acusa Fifa de mentir e promete ação judicial

Fifa teria prometido à  Record  após a Copa de 2010 que os Mundiais seguintes teriam concorrência. Foto: EFE

A notícia de que a Fifa acertou sem concorrência com a Rede Globo a venda dos direitos de transmissão para as Copas do Mundo de 2018 e 2022, divulgada na última terça-feira, pegou a Record de surpresa, conforme comunicado oficial emitido nesta quarta. A emissora afirma que, após o Mundial de 2010, teve garantias do diretor de TV da Fifa, Niclas Ericson, que haveria licitação para os direitos dos torneios seguintes, e diz ter provas de que tal acordo foi prometido pela entidade.
Em tom de indignação, a Record declara que, em encontro com diretores da Fifa, os representantes da entidade asseguraram que "a licitação seria pública, transparente e aberta, em regime semelhante ao que a Fifa realiza em países do mundo inteiro". A emissora teria entregue à Fifa um documento oficial mostrando que concordou com as condições. 

A nota também classifica como "estranho" o fato de a Fifa fazer licitações para a aquisição dos direitos da Copa do Mundo em países de vários continentes, mas adotar procedimento diferente no Brasil, "sem ser à luz do dia". O texto alfineta ainda a Globo, apontada como uma empresa que "gosta de se auto intitular como um dos maiores grupos de comunicação do mundo", mas "não aceita concorrência livre em que a melhor proposta seja a vencedora". 

Por fim, a Record informou que pretende entrar na Justiça para garantir seus "direitos internacionais de negociação", repudiando qualquer forma de "monopólio, protecionismo e corrupção". A Globo, que transmite as Copas do Mundo desde 1970, comprou junto à Fifa as edições de 2018 e 2022 em acordo válido para televisão aberta, cabo, satélite, internet e mobile.

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