Uma ex-servidora do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi
condenada a 16 de prisão por tentativa de homicídio contra o ex-chefe da
Agência da Previdência Social no município de Mombaça,
no interior do Ceará. A mulher foi denunciada pelo Ministério Público
Federal (MPF) pelo crime cometido em 22 de outubro de 2001 e a ré foi a
julgamento em sessão do júri realizada na terça-feira (10).
Segundo os autos, o chefe do INSS foi atingido no abdômen por um
disparo de arma de fogo, enquanto saía da agência, durante emboscada
organizada por pistoleiros contratados pela ex-servidora. A ré planejava
matar o seu superior para impedir que a apuração de irregularidades
cometidas por ela na concessão de benefícios previdenciários e de
denúncias de corrupção passiva.
A mulher responde ainda a outros 12 processos movidos pelo MPF e que
estão tramitando na 24ª Vara da Justiça Federal. As acusações referem-se
a crimes de estelionato previdenciário, inserção de dados falsos no
sistema da previdência, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ela
também responde por crime de homicídio doloso qualificado perante a
Justiça estadual, na Comarca de Mombaça.
Na sentença desta terça-feira, o juiz federal Lauro Henrique Lobo
Bandeira, titular da 24ª Vara, afirma a ex-servidora possui
"personalidade perigosa" e cita como exemplo disso o fato de terem sido
apreendidas em poder da ex-funcionária pública quatro armas de fogo e
munições, sem que ela tivesse direito ao porte ou à posse desses
objetos, além de ter atentado contra a vida de um colega de trabalho.
Presa preventivamente desde junho de 2010, ela terá direito ao regime
semiaberto, por já ter cumprido 1/6 da pena em regime fechado e por bom
comportamento carcerário. Porém, o juiz decidiu manter a prisão
preventiva e negou a ela o direito de recorrer em liberdade.
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