Nem de barco nem de avião, muito menos de trem. A cocaína que entra no Estado do Ceará, oriunda da Bolívia, e que abastece dezenas de traficantes e é consumida por milhares de usuários, chega aqui escondida em caminhões, carretas, bi-trens e até em veículos tanques. Desafiando as autoridades, a droga percorre um longo caminho pelas estradas brasileiras, vai até São Paulo e depois chega ao Nordeste, ultrapassando dezenas de postos de fiscalização da Polícia sem que seja interceptada.
Esta é uma das conclusões das investigações que a Polícia Federal e os setores de Inteligência do Estado chegaram após a descoberta de dois carregamentos de cocaína nas últimas três semanas. Em um deles, a droga veio escondida em meio a um carregamento de farinha de trigo, desembarcado em uma fábrica de massas na BR-116, em Itaitinga. Eram, nada menos, que 107 quilos de cocaína comprovadamente de puro teor.
Logo em seguida, outro carregamento ainda maior e ainda mais valioso, foi apreendido logo que um caminhão-tanque ultrapassou a divisa entre o Ceará e o Estado do Piauí, através da região dos Inhamuns.
É dessa forma que a cocaína boliviana tem aportado no Estado do Ceará, seja já pronta para o consumo ou para ser desdobrada, ou ainda na forma de pasta-base, com o carregamento de 380 quilos interceptado pela PF.
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