terça-feira, 14 de novembro de 2023

Em reunião com Cid, deputados esperam desfiliação em massa de prefeitos do PDT

A reunião que ocorre na tarde desta terça-feira (14) entre prefeitos cearenses e Cid Gomes, todos do PDT, deve definir a desfiliação de pelo menos 40 gestores. É o que projetam deputados pedetistas ligados ao senador, que também estão de saída da legenda. Apesar disso, evitam adiantar conversas com outras siglas.

Por não serem detentores de mandatos proporcionais (já que foram eleitos de forma majoritária), nem Cid nem os mais de 50 prefeitos do PDT precisam de anuência para deixar o partido.  

Para o deputado estadual Osmar Baquit, então, a expectativa é que a sigla tenha uma perda de 40 prefeitos no Ceará. Já Marcos Sobreira projeta um número um pouco maior: “pelas minhas contas, são cerca de 47, beirando 50 prefeitos porque tem alguns que estão em outras siglas que vão aderir ao novo partido que o senador venha a liderar nesse novo projeto”. 

“Cid nunca tratou sobre para qual partido vai. Ele nunca teve conversas preliminares com partidos no meio dessa crise, até porque se tivesse, estaria contradizendo tudo o que ele tá dizendo. Então nós não temos partido para ir, até porque nós ainda vamos ter a aprovação do TRE para que a gente possa sair de maneira legítima sem perder o mandato”, acrescenta Baquit. 

Na última semana, eles e outros 14 parlamentares (incluindo suplentes) pediram autorização do PDT para se desfiliarem sem prejuízo ao mandato. O pedido foi atendido, mas para ser efetivado, precisa de aval da Justiça. É aí que entra o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE).

Já Lia Gomes, irmã de Cid, avalia que essa é uma primeira conversa com os gestores para entender o cenário e a situação de cada um.

“Hoje é um primeiro dia para ouvir, porque cada município tem a sua especificidade. Acredito que não dê para a gente ir para um partido só porque tem lideranças que estão dentro do PDT que, hoje, são oposição e que precisa ter legenda para os dois, então vai ser mais um passo”, afirma.

A menos de um ano das eleições municipais, a estabilidade na legenda à qual é filiado(a) é essencial para gestores buscam a reeleição ou a eleição de sucessores. O destino desses prefeitos e prefeitas deve ser definido até abril de 2024, segundo a legislação eleitoral.

Diário do Nordeste

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