quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Cão atropelado e outro que cuidou dele estão em lar temporário e são procurados para adoção, em Iguatu

O cão vira-lata que foi atropelado e teve a companhia de outro cachorro por mais de uma noite até ser resgatado por uma ONG está em um lar temporário recebendo cuidados ao lado do amigo fiel, em Iguatu, no Ceará. Ambos já despertaram interesse de pessoas que querem adotá-los. O acidente aconteceu no domingo (14) e a cena dos dois juntos às margens de uma avenida chamou a atenção das pessoas que passavam pelo local.

Conforme a enfermeira Marina Assunção, da ONG Adota Iguatu, entre terça e quarta-feira, o animal vem apresentando melhoras e consegue ficar em pé e andar, embora ainda com um pouco de dificuldade. "Acreditamos que não há um problema na coluna. O problema dele é neurológico, a gente fala, mas ele não olha fixo para a gente", afirmou.

O animal está recebendo medicações injetáveis e orais, de acordo com a prescrição da veterinária, para só a partir disso ser feita uma consulta com exames especializados que deverão apontar o diagnóstico dele. "Vamos observar a evolução dele durante essa semana e, caso ele continue como está, então levaremos para uma clínica em Juazeiro do Norte, para fazer outros exames que não temos aqui, mas vamos esperar como ele reage à medicação", disse.

Doação
Caju e Castanha, como foram batizados os dois cães, já têm pretendentes à adoção, de acordo com Marina. Contudo, o processo só vai ser iniciado após a total recuperação dos ferimentos do animal. Ela garante que só vai permitir a adoção dos dois juntos.

"Eles só vão para a adoção quando o ferido estiver totalmente recuperado. Quando ele estiver bem é que começaremos as entrevistas, que serão bem rigorosas. Muita gente está querendo adotar, tem até um humorista, mas será necessário esperar essa recuperação e detalhe: só permitiremos que sejam adotados juntos e analisar se realmente gosta, se não é só status e se possui espaço adequado para os dois", explica.

O tratamento está sendo realizado graças ao dinheiro das doações repassadas para a ONG. No caso de Caju e Castanha, as doações se intensificaram após a repercussão do caso. "A ONG não tem recurso de nada. Apenas doações que as pessoas doam em casos que cuidamos. Estamos recebendo muito mais ajuda nesse caso do que em outros que talvez eram até mais graves, mas que não tiveram tanta repercussão".

G1/CE

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