quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Bolsa Família poderá ser reestruturado e ajustado pelo Governo

O governo federal trabalha em uma proposta para reestruturar o Bolsa Família, aumentar o valor médio dos benefícios e o número de famílias beneficiadas pelo programa, em uma tentativa de minimizar os efeitos do fim do auxílio emergencial, disseram à Reuters fontes familiares com o tema.

O Bolsa Família tem previsto no Orçamento de 2021 34,8 bilhões de reais, 5,5 bilhões de reais a mais do que em 2020. Se esse valor for confirmado –o Orçamento ainda não foi votado pelo Congresso–, as alterações que estão sendo trabalhadas pelo governo preveem que o número de atendidos possa chegar a 14,5 milhões de famílias, cerca de 270 mil a mais do que as que estão sendo pagas em janeiro deste ano, ou uma média de 1,1 milhão de pessoas.

Em fevereiro, o governo federal já vai chegar ao 14,301 milhões de famílias, uma inclusão de 200 mil, de acordo com uma das fontes. Para chegar aos 14,5 milhões, explica, é necessário a edição da MP com as alterações no programa.

As reformulações preveem um aumento do valor médio dos atuais 190 reais por família para 200 reais e os limites de extrema pobreza dos atuais 89 reais per capita familiar para 92 reais, e de pobreza de 178 para 192 reais. Essas alterações permitiriam pagar mais para as famílias mais pobres e aumentar o número possível de beneficiários.

O último reajuste no valor do Bolsa Família, de 5,6%, foi dado em 2018, ainda no governo Temer. Em 2019, o governo Bolsonaro aprovou o pagamento de um 13º para as famílias beneficiárias. Em 2020, todos os beneficiários foram automaticamente incluídos no pagamento do auxílio emergencial de 600 reais, que acabou em dezembro.

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