terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Projeto da ESP prevê regionalização e abertura de novas vagas de residências médicas

Com a proposta de qualificar ainda mais a força de trabalho da saúde do Ceará, a Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), vinculada à Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), desenvolve o projeto Ampliares: Ampliação e Regionalização das Residências em Saúde. A iniciativa tem, ainda, o objetivo de promover a integração ensino-serviço alinhada à regionalização das redes de atenção do Estado, inserida na Plataforma de Modernização da Saúde.

O projeto está em fase final de análise pelo Ministério da Educação (MEC) e irá qualificar a formação de profissionais, fortalecendo a rede de atenção, de acordo com as necessidades regionais. Ao todo, serão 127 novas vagas nos programas de residência médica em nove especialidades: Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Neonatologia, Medicina de Emergência, Medicina de Família e Comunidade (MFC), Psiquiatria, Clínica Médica, Cirurgia Geral, Medicina Intensiva e Cardiologia.

Se aprovadas, as vagas serão ofertadas já em 2021 para os municípios de Fortaleza, Caucaia, Icapuí, Sobral, Tianguá, Quixeramobim, Iguatu, Juazeiro do Norte e Barbalha, contemplando as cinco Regionais de Saúde do Cearpa. Atualmente, 658 residentes médicos estão em formação, mas 80% das vagas são ofertadas em Fortaleza. As novas vagas também contribuirão para regionalizar a formação, descentralizando o provimento de especialistas em todo o Estado. “A interiorização das residências vai reverter isso e, a partir da qualificação, será possível melhorar a assistência em saúde para os cearenses nas cinco Regiões de Saúde”, destaca o superintendente da ESP/CE, Marcelo Alcantara.

A diretora de Pós-Graduação em Saúde da ESP/CE, Olívia Bessa, ressalta a importância dos programas e sua contribuição para aprimorar a qualidade do atendimento à população. “As residências em saúde são reconhecidas como ‘padrão-ouro’ na modalidade de treinamento em serviço, pois têm como base a aprendizagem baseada na prática, na realidade do mundo do trabalho. A própria atuação do médico como residente é uma forma de catalisar melhorias na saúde, pois onde tem residência existe uma mudança de ambiência, de qualidade, de estrutura. Os grandes hospitais de Fortaleza, por exemplo, têm programas de residência”, potua.

O processo de autorização das vagas de residência foi iniciado em agosto, quando a Coordenação de Residência Médica da ESPCE realizou a solicitação no sistema da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM). Em outubro, o Ampliares recebeu parecer positivo da Comissão Estadual de Residência Médica e parecer favorável da Câmara Técnica da CNRM, ligada ao MEC. No mês passado, uma equipe técnica do Ministério da Educação fez visita in loco para dialogar e avaliar o projeto, que agora está em fase final de avaliação.

“Não adianta disponibilizar apenas hospitais e equipamentos no interior do Estado. É preciso ter o profissional qualificado. A grande dificuldade do interior é a carência de profissionais especialistas e as novas vagas de residência médica irão ajudar a preencher essa lacuna”, destaca Olívia Bessa.

Governo do Ceará

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