segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Detectar possíveis reinfecções por Covid-19 no Ceará é desafiador

Enquanto o Brasil registra a assustadora marca de 3,8 milhões de contaminados e 120 mil mortos por coronavírus, alguns estados, como o Ceará têm, de modo geral, conseguido estabilizar o número de ocorrências. Mas, apesar dos avanços na batalha, muitos dos efeitos da Covid seguem desconhecidos.

Casos de reinfecção estão sendo relatados mundo afora. No Brasil há, pelo menos, 21 pacientes em investigação. A situação não é motivo de pânico, ponderam profissionais da saúde. No Ceará, há condições de detecção de infecções porque a ciência e a tecnologia garantem essa possibilidade. Mas uma das restrições é o tipo de teste feito pelo paciente. Apenas os exames moleculares, chamados RT-PCR, permitem a análise. Além disso, diante de tantas incertezas, a prioridade deve ser manter os cuidados sanitários para evitar a contaminação inicial.

No dia 24 de agosto, pesquisadores em Hong Kong anunciaram a confirmação do primeiro caso no mundo de reinfecção pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). O resultado desta pesquisa foi aceito para publicação no "Clinical Infectious Diseases", editora da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Esta condição ainda é considerada rara, e pacientes seguem monitorados em distintos países para saber as reais implicações dessa possibilidade. No Brasil, pelo menos, 21 pacientes são investigados em São Paulo e no Rio de Janeiro, por hospitais e instituições de pesquisa.

No Ceará, em julho, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), em nota técnica, revelou a recorrência do quadro clínico de Covid-19 em seis profissionais da saúde. À época, foi informado que quatro médicos e dois técnicos de radiologia teriam reapresentado sintomas da doença depois da alta do primeiro episódio.

Na ocasião, não houve confirmação de reinfecção, mas, sim, de persistência dos sintomas. No documento, a Secretaria explicou que os achados desses casos necessitam de "investigação mais detalhada". Após a divulgação, não houve mais nenhuma publicação oficial sobre novos pacientes com sintomas persistentes. Na última semana, a Sesa foi contactada pelo SVM sobre possíveis casos de reinfecção, mas não respondeu.

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