sexta-feira, 26 de junho de 2020

Pesquisa do IBGE estima que 16,5% da população cearense apresentou sintomas gripais no mês de maio

Em levantamento realizado pela primeira vez, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que cerca de 1,5 milhão (16,5%) das pessoas no Ceará apresentou algum sintoma de síndromes gripais durante o mês de maio, sendo, portanto, o quarto com maior percentual no País.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas domiciliares e cada morador, de um total de 10.200, teve de responder se, na semana anterior, apresentou febre, tosse, dor de garganta, dificuldade de respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga; dor nos olhos, perda de cheiro ou de sabor e dor muscular.

No Ceará, já foram registrados 103.118 casos confirmados da Covid-19 e 5.895 óbitos pela doença. Mais de 77 mil pessoas se recuperaram da doença, de acordo com o boletim da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) desta quinta-feira (26).

Para a realização, o estudo não prescindiu de diagnóstico médico, ou seja, os sintomas apontados podem ter sido somente identificados pelo próprio entrevistado.

“A PNAD Covid-19 é importante no sentido de tentar retratar, durante esse momento de pandemia, as pessoas sintomáticas, embora não revele com precisão quem foi infectada pelo novo coronavírus”, aponta Helder Rocha, supervisor da Disseminação das Pesquisas da Unidade Estadual no IBGE no Ceará.

Também foram analisados casos de sintomas conjugados na pesquisa, levando em consideração o quadro da pandemia da Covid-19, que foram: perda de cheiro ou de sabor; ou tosse e febre e dificuldade para respirar; ou tosse e febre e dor no peito.

De acordo com a síntese, 4,7% da população cearense, o que representa 434 mil pessoas, apresentou sintomas conjugados.

Além do Ceará, o estudo aponta que esses índices foram mais altos em estados das regiões Norte e Nordeste, são eles: Amapá (26,6% e 12,4%), Pará (21,3% e 10,1%), Amazonas (18,9% e 8,8%) e Maranhão (15,1% e 5,6%). Esses números foram mais baixos nas regiões mais ao sul do Brasil.

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