terça-feira, 26 de maio de 2020

Iguatu: Prefeitura nega “toque de recolher”, mas confirma intensificação nas fiscalizações

O município de Iguatu, na região Centro-Sul do Estado, passará a intensificar o monitoramento nos bairros. A medida foi anunciada ontem (25). A cidade já conta com mais de 135 casos confirmados do novo coronavírus e 12 óbitos. A notícia, no entanto, gerou divergência tão logo ela foi divulgada.

Inicialmente, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Iguatu divulgou que o prefeito Ednaldo Lavor “iria anunciar no fim da tarde desta segunda-feira a publicação de um decreto municipal visando à implantação do toque de recolher de 19h às 4h da manhã, de segunda-feira a sábado”.

Em seguida, o secretário de Governo, Tácido Cavalcante, esclareceu a medida. “Houve um mal-entendido. O que haverá na verdade é a intensificação de policiamento militar nos bairros da cidade a partir da noite desta segunda-feira, pois temos visto, infelizmente, que a população descumpre as medidas do decreto do governo estadual e do município”.

O prefeito Ednaldo Lavor fez pedido direto ao comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar com sede em Iguatu, Coronel Sobreira, para intensificar fiscalização nos bairros. “O nosso objetivo é salvar vidas, diminuir a presença de moradores nas ruas para podermos reduzir a circulação do novo coronavírus e a quantidade de pessoas infectadas”, pontuou. “A nossa preocupação é que se muita gente ficar doente, em estado grave, não temos estrutura para atender todos de uma só vez”.

A medida de intensificar a fiscalização será realizada em diversas cidades do Interior, conforme informou o comandante da Polícia Militar no Ceará, coronel Alexandre Ávila. Ele frisou que o efetivo está preparado para atuar nas cidades que realizaram a solicitação à Polícia Militar. Coronel Sobreira reforçou, porém, que já há uma fiscalização em andamento, em cumprimento às normas do decreto estadual, mas que o trabalho vai ser reforçado em Iguatu e em outros municípios do Interior.

Ednaldo acrescentou ainda que “se a fiscalização flagrar bares abertos, será cassado os alvarás de funcionamento e sanitário”. Ele reconhece que a medida pode “trazer desgastes”, mas ressalta que “a preservação da vida será sempre mais importante”.

Diário do Nordeste

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