terça-feira, 19 de maio de 2020

Áreas com seca diminuem no Ceará em abril, aponta estudo do Monitor de Secas

Áreas sem seca no território do Ceará cresceram no comparativo entre os meses de março e abril, segundo estudo do Monitor de Secas do Nordeste. Em relação ao mês de março, a faixa da seca fraca que ficava na metade do território cearense se encontra em abril em parte do Vale do Jaguaribe e Centro-Sul. Ainda segundo o estudo, as regiões como Sertão do Crateús e Cariri deixaram de fazer parte da seca relativa.

A seca fraca, segundo o órgão, ocasiona a diminuição do plantio e crescimento de pastagens. Os municípios pertencentes a esta faixa começam a apresentar déficits hídricos prolongados e o plantio quase não são recuperados.

O estudo mostra também que no Ceará, os totais mensais de chuva variaram de normal a acima da normalidade em quase todo o estado, com exceção da faixa Centro-Norte, onde ocorreram desvios negativos de precipitação. Esta condição com predomínio de anomalias positivas de chuva, somado à melhora nos indicadores de curto e longo prazo, contribuíram para a redução da severidade da seca, que agora apresenta apenas condição de seca fraca, com impactos de longo prazo.

O levantamento é da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) em conjunto com outros institutos de meteorologia do Nordeste e coordenado pela Agência Nacional das Águas (ANA).

OUTROS TIPOS DE SECA
A seca moderada ocasiona perda de córregos, reservatórios ou poços com níveis baixos, algumas faltas de água em desenvolvimento. A seca grave representa perda total das pastagens programadas, escassez de água e restrições de água impostas. E a seca extrema gera grandes perdas das pastagens e a escassez de água é generaliza.

E a seca excepcional, gera perda total das plantações, escassez de água nos reservatórios, córregos e poços de água, criando situações de emergência.

RESERVATÓRIOS
O Estado está com 39 açudes sangrando e outros 56 reservatórios com volume acima de 90%. Os maiores açudes do Ceará, como por exemplo, o Castanhão, principal reservatório a abastecer a Grande Fortaleza, tem 15,69% da capacidade máxima. Já o Orós, segundo maior açude do estado, tem 26,73% do volume máximo. E o Banabuiú está com 12,20%.

MONITOR DE SECAS
O Monitor de Secas promove o monitoramento regular e periódico da situação da seca, por meio do qual é possível acompanhar sua evolução, classificando-a segundo o grau de severidade dos impactos observados.

O projeto é coordenado pela Agência Nacional de Águas (ANA), com o apoio da Funceme, e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos.

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