segunda-feira, 9 de março de 2020

Barragem particular rompe em Icó e acende alerta para construções irregulares

O rompimento da barragem Maracanã, no sítio homônimo, na zona rural de Icó, evidencia o cenário de médios e pequenos açudes construídos em propriedades particulares. Muitos desses reservatórios, a exemplo da barragem que se rompeu neste fim de semana, foram construídos sem qualquer acompanhamento ou supervisão técnica.

No caso da barragem Maracanã, o proprietário do terreno onde o açude foi erguido, em 1984, disse ter “cedido o espaço para que o Governo do Estado assumisse a construção”. Raimundo Sobrinho garante que, a construção original, contou com orientação técnica.

No entanto, ao longo dos anos, os próprios moradores do Sítio Maracanã aumentaram a área de barragem das águas, saltando de 45 metros de comprimento, para 65 metros.

Esta expansão, no entanto, não teve supervisão ou autorização de nenhum órgão competente. Conforme o coordenador da Defesa Civil de Icó, Hélio Silva, a barragem não suportou a pressão da água. “A parede foi aumentada em 60 centímetros. Isso aumentou a capacidade do açude e, com as cheias, a estrutura não suportou”, detalhou Silva.

Com o rompimento parcial da parede, áreas de plantio foram destruídas. Os agricultores estimam prejuízo de R$ 20 mil. Nenhuma casa foi afetada. Ainda conforme a Defesa Civil, outras barragens estão sendo monitoradas. “Notificamos dois pequenos açudes e os proprietários já estão tomando as providencias”, acrescentou Hélio.

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