sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Por que o feijão subiu mais de 68% no Ceará?

A menor área plantada e a consequente baixa na produção do feijão no Ceará são os principais fatores que explicam a alta de 68,82% no preço do produto em 2019 registrada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com o analista de mercado da Ceasa, Odálio Girão, a alta demanda no fim de ano também contribuiu para o aumento.

Girão explica que a partir de outubro e novembro o preço do feijão passou a ficar mais “elástico”. “Esse ano, tivemos uma menor área de plantio e, consequentemente, menor produção, gerando uma menor oferta”, afirma.

Ele detalha que, no caso do feijão de corda – um dos mais consumidos no Estado –, a produção se dá nos ciclos de chuva ou de forma irrigada, em menor escala. "Como o ciclo de chuva não acontece no fim do ano, fica-se esperando o próximo ciclo. Só devemos ter nova safra do feijão de corda em março ou abril", ressalta o analista de mercado.

A situação é semelhante para o feijão carioquinha, também sempre presente na mesa do cearense e que vem das regiões Norte e Centro-Oeste. "Também com uma menor produção e o aumento sazonal do consumo geral no fim do ano, tinha-se uma alta demanda para uma baixa oferta", pontua Girão.

Ele acrescenta que, por outros tipos de feijão – como o preto e branco – não serem consumidos no dia a dia, o preço dos outros dois mais consumidos acaba tendo um impacto significativo.

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