sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Partidos definem 'teto' e 'piso' de votos para candidatos a vereador

O fim das alianças entre partidos nas eleições proporcionais está exigindo das lideranças partidárias um esforço matemático na hora de montar a chapa de candidatos a vereador. Como as siglas vão ter que contar somente com a votação obtida por elas, muitas estão estabelecendo perspectivas máximas e mínimas de voto para quem quiser concorrer.

Essas exigências não são à toa. Elas ocorrem, porque os partidos terão que concorrer às eleições para vereador sem a ajuda de outros partidos, e esse será um desafio maior ainda para os nanicos. Antes, com as coligações, os partidos pequenos tinham mais chances de eleger seus candidatos, porque eram "puxados" por outros de partidos maiores. A regra é novidade em 2020.

Estratégias

A partir de agora, além de atingir o quociente eleitoral, os candidatos terão que alcançar, individualmente, pelo menos, 10% desse quociente para poder ocupar a vaga de vereador.

As novas regras fazem com que os partidos, em geral, busquem candidatos competitivos. Nesse jogo matemático, as legendas de pequeno, médio e grande porte estão estabelecendo um "teto" ou um "piso" de votos para os seus quadros. A articulação busca principalmente um equilíbrio entre aqueles que têm mandato e, naturalmente, largam em vantagem, e os que não têm.

Cálculos

Os partidos fazem esses cálculos baseados na estimativa de votos dos seus pré-candidatos e nos votos conquistados pelos que concorreram na última eleição. Para isso, eles precisam ter uma ideia de quanto será o quociente eleitoral deste ano, que eles calculam também baseado na Eleição de 2016. Para 2020, os partidos preveem um quociente entre 25 e 30 mil votos.

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