quinta-feira, 18 de julho de 2019

"PT agride Tabata, mas seus governadores apoiaram reforma", afirma Ciro

Ciro Gomes (PDT), ex-governador do Ceará, afirmou que os governadores do PT atuaram em favor da reforma da Previdência e disse que não há sentido nas críticas dos petistas à deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) e à bancada do PDT.

"Uma turma do PT fica agredindo a Tabata e o PDT como se nós fôssemos pouco fiéis à luta do povo e o PT fosse o perfeito guia genial dos povos que não falha.", disse o pedetista.

As declarações foram dadas na tarde desta quarta-feira (17) em Salvador, onde Ciro participou de um seminário de análise dos seis meses do governo Jair Bolsonaro.

Ciro afirmou que os governadores do PT e PC do B "atuaram pesadamente" em favor da reforma da Previdência e que a proposta foi aprovada com os votos de muitos dos deputados aliados de governadores.

Ele citou como exemplo a bancada baiana, em que 25 dos 39 deputados federais votaram a favor da reforma, sendo 15 deles aliados do governador Rui Costa (PT).

No Ceará, onde Ciro é aliado do governador Camilo Santana (PT), foram 11 votos a favor e 11 contra as mudanças nas aposentadorias.

"Não estou falando mal de ninguém. Se eu fosse governador do Ceará também estaria preocupado com as contas do meu Estado", disse Ciro, citando possíveis contrapartidas aos Estados como a partilha de recursos dos leilões de petróleo.

Ciro Gomes evitou comentar sobre a suspensão das funções partidárias e a abertura do processo no Conselho de Ética do PDT contra os oito deputados do partido que votaram, em primeiro turno, a favor da reforma da Previdência.

"Não vou falar mais daquilo que eu falei. (O processo) Vai ao Diretório Nacional e, como sou membro do Diretório e tenho certa ascendência no partido, não seria ético que eu antecipasse qualquer tipo de opinião.", disse Ciro em entrevista à imprensa.

Minutos depois, quando respondeu a pergunta de militantes do PDT, afirmou que quem votou a favor da reforma deveria "ir para a rua à procura de outro partido".

"Você tem partido pra todo gosto no Brasil. Mas você não pode ser trabalhista, ser de um partido que criou o sistema de Previdência e seguridade social do Brasil e vir agora votar contra o povo", afirmou o pedetista.

Para Ciro, o PDT precisa manter uma coerência, mesmo que isso signifique perder oito de seus 27 deputados federais.

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