segunda-feira, 24 de junho de 2019

Moro chama membros do MBL de "tontos" em novos diálogos atribuídos ao ex-juiz

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, 46, teria chamado membros do Movimento Brasil Livre (MBL) de “tontos” em novos trechos de conversa no Telegram com procurador da República, Deltan Dallagnol, 39, divulgados pelo site, The Intercept Brasil, em parceria com o jornal, Folha de São Paulo. Moro ainda teria dito, conforme os diálogos, que erro da Polícia Federal (PF) foi “lambança”.

A suposta conversa seria do dia 23 de março de 2016, quando, no início da tarde o então juiz, Sérgio Moro, soube da divulgação nos autos do processo da Lava Jato de uma lista de políticos ligados à Odebrecht e determinou sigilo. Horas depois, conforme o material divulgado, Dallagnol escreveu para Moro informando que havia protocolado petição pedindo a remessa dos processos ao STF. Disse ainda que a Polícia não agiu de má-fé quando tornou pública a lista, além de ter prometido defender Moro contra questionamentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

"Continua sendo lambança. Não pode cometer esse tipo de erro agora", diz Moro. "Concordo. E sei que Vc, de todos nós, está debaixo da maior pressão", responde Dallagnol. Na época, eles integravam a força-tarefa da Lava Jato.

"Tontos do MBL"

Mais adiante no suposto diálogo, Moro pede ajuda a Dallagnol para conter o MBL após saber de manifestação organizada por um grupo de direita ligado ao movimento, em frente do apartamento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavasck, falecido em 2017. "Nao sei se vcs tem algum contato mas alguns tontos daquele movimento brasil livre foram fazer protesto na frente do condomínio do ministro. Isso nao ajuda evidentemente”, disse em trecho.

"Se quiser, vou atrás para ver se temos algum contato, mas não sendo violento ou vandalizar, não acho que seja o caso de nos metermos nisso por um lado ou outro...", responde Dallagnol. E continua. "Não, com o MBL não. Eles ficaram meio 'bravos' com a gente, porque não quisemos apoiar as manifestações contra o governo no ano passado. Eles são declaradamente pró-impeachment".

OPovo

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