quinta-feira, 23 de maio de 2019

UFC – Estudo aponta que um em cada cinco brasileiros pode ter diabetes

Conduzida pelo Conselho Federal de Farmácia, com apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), um estudo da Farmácia-Escola da Universidade Federal do Ceará revela: um em cada cinco brasileiros sem diagnóstico prévio pode ter diabetes mellitus. A coleta dos dados locais ocorreu entre 19 de novembro e 5 de dezembro do ano passado, informa a assessoria de imprensa da UFC.

Na Farmácia-Escola da UFC foram 87 pessoas atendidas, das quais 38 homens e 49 mulheres, com média de idade de 52 anos. Cada participante teve medidos glicemia capilar, peso, altura, circunferência abdominal, índice de massa corpórea (IMC) e ainda respondeu ao questionário FINDRISC, ferramenta de rastreio para detecção de casos de hiperglicemia e diabetes. Ao fim do atendimento, o resultado foi disponibilizado individualmente, juntamente com orientações farmacêuticas a respeito da importância da prática de hábitos saudáveis de vida e de acompanhamento médico.

Homens em risco

Os dados coletados pela UFC mostram que, entre os homens, 37,25% apresentaram risco alto ou muito alto de desenvolvimento de diabetes. Já entre as mulheres esse índice chegou a 42,5%. A média geral da dosagem de glicemia foi de 123 mg/dL, com média masculina de 128 mg/dL e feminina de 117 mg/dL.

Uma particularidade dos dados locais é que 39,55% dos pacientes apresentaram risco alto ou muito alto de desenvolvimento de diabetes, índice maior do que o nacional, que foi de 22,60%. Isso indica um risco maior de desenvolvimento do diabetes na população fortalezense do que a média brasileira. Os riscos alto e muito alto indicam que um em cada três (risco alto) e um em cada dois (muito alto) pacientes desenvolverá diabetes nos próximos 10 anos, respectivamente, na Capital.

No Brasil, 17.580 pessoas foram avaliadas pelo estudo. Delas, 18,4% apresentaram glicemia elevada. No total, foram cerca de mil farmacêuticos de farmácias públicas e privadas, em 345 municípios. Os fatores de risco mais presentes foram o sedentarismo (68%), a não ingestão de verduras e frutas todos os dias (43%) e o histórico familiar (37%).

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