segunda-feira, 27 de maio de 2019

Ministros do STF e Congresso minimizam atos e não veem alteração do cenário

Os ministros do Supremo Tribunal Federal e integrantes da cúpula do Congresso avaliam que os atos promovidos por bolsonaristas nesse domingo (26) não foram significativos, a ponto de mudar a conjuntura política e deslocar o eixo de pressão do Planalto para as duas instituições que foram alvo dos protestos. É o que informa a Coluna Painel, da Folha de S.Paulo desta segunda-feira.

A adesão foi descrita por eles como menor do que a esperada e creditada em boa medida à figura do ministro Sergio Moro, que teria “salvado” as manifestações pró-governo.

Ainda segundo a Painel, o fato de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter se tornado um dos alvos preferenciais dos bolsonaristas nas ruas não surpreendeu aliados dele. A legenda de Maia vinha monitorando ofensas em redes sociais e identificou esforço para fazer do democrata um dos focos de crítica.

Apesar de ter repetido no domingo que “quem estivesse nas ruas pelo fechamento do Congresso ou STF estaria na manifestação errada”, ministros da corte dizem que Bolsonaro flerta com fórmulas ambíguas.

Na avaliação de integrantes do Supremo, mesmo que critique pautas radicais, o presidente estimula que parcela da população se volte contra a corte e o Congresso ao dizer que os protestos são um “recado aos que teimam com velhas práticas”.

Além de exaltar os atos nas redes sociais, Bolsonaro enviou mensagens pelo WhatsApp a ministros enaltecendo as manifestações. Em uma delas, abaixo de foto de uma senhora idosa, escreveu: “Vamos discutir governabilidade como adultos?”.

Aliados do presidente interpretaram a mensagem como um pedido para que o Congresso seja “maduro” como os que foram às ruas defender a reforma da Previdência, pauta que divide bastante o eleitorado.

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