quinta-feira, 16 de maio de 2019

Corte de recursos atrasa obras do Cinturão das Águas

O corte de recursos públicos do Governo Federal está atrasando ainda mais as obras do Cinturão das Águas do Ceará (CAC). O projeto, tocado pelo Governo do Estado, foi concebido para transferir águas advindas do Eixo Norte do Projeto de Integração do rio São Francisco. Ao todo são mais de mil quilômetros de canal no Ceará

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, foram repassados ao governo estadual R$10,6 milhões para as obras do CAC, no dia 29 de março. "Outros repasses aguardam disponibilidade orçamentária e financeira, em razão de restrições impostas a toda a administração pública federal a partir do Decreto nº 9.741. A garantia de recursos para as obras vem sendo tratada pelos ministérios do Desenvolvimento Regional e da Economia", informou em nota o Ministério.

De acordo com o secretário de Recursos Hídricos do Ceará (SRH), Francisco Teixeira, não houve suspensão das obras, mas o repasse federal está atrasado. "Não vamos oficialmente fazer nenhuma suspensão. Vínhamos trabalhando até poucos dias atrás, mas as chuvas estavam atrapalhando. Realmente devido à dificuldade de repasse a obra está atrasada. O governo federal repassou R$10 milhões no início de abril para a gente poder pagar fevereiro, mas as quantias referentes à março e abril não foram repassadas e por conta disso atrapalha o ritmo das obras do Estado", explica.

Eixo emergencial
O chamado “eixo emergencial” do CAC já está pronto para receber as águas do Projeto de Integração do São Francisco (PISF). Este trecho, pensado há dois anos, conduzirá as águas do “Velho Chico” até o Riacho Seco, em Missão Velha. De lá, fluirá pelo Rio Salgado, que deságua no Rio Jaguaribe, seguindo até o Açude Castanhão. Do maior reservatório doEstado, continuará pelo Eixão das Águas para garantir o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

A água que chegará à Capital cearense vai passar pelo Trecho 01 do CAC que tem, ao todo, 149,85 km de extensão. Contudo, o “eixo emergencial”, que percorre somente 53 quilômetros desta primeira, está concentrado nos lotes 01 (38,5 km), 02 (9,2 km) e 05, onde estão os túneis Sítio Alto I, Sítio Alto II e Veneza.

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