terça-feira, 9 de abril de 2019

Preço da carne sobe nesta quarta-feira no Ceará

A carne bovina chega aos açougues e supermercados com alta no preço de 8% a 10% a partir de amanhã no Ceará. O aumento é pressionado pelo reajuste na tabela dos fornecedores, que será repassado ao consumidor final. Atualmente, o produto corresponde a 24% do valor da cesta básica cearense, abarcando fatia de R$ 107,28 (4,5 kg) do total de R$ 445,12. Os dados são do último levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Diante das situações de preços mais altos, o economista Alex Araújo explica que a população tem se adequado às oscilações. “É preciso entender a sazonalidade que afeta esse mercado. As pessoas, de certa forma, têm que conviver com essa variação e já encontraram mecanismos para isso”, avalia. Dentre eles, cita, a troca da carne de primeira por uma de qualidade inferior ou mesmo por frango e ovo.

“O consumidor sistematicamente já usa essa estratégia para ir se adequando o orçamento à realidade de mercado. Nesse contexto, a pesquisa fica cada vez mais relevante”, complementa.

Essa é a estratégia adotada pela psicóloga Jacqueline Rosa, 42. “Substituo por um frango ou peixe e aproveito as promoções. Quando não há, a comparação de preços é a melhor forma de economizar”, relata.

Para reduzir os impactos no orçamento familiar, Danielle Augusto Peres, professora do Departamento de Contabilidade da Universidade Federal do Ceará (UFC), avalia que a saída é substituir a carne por outro alimento, reduzir o consumo ou procurar promoções.

Outra dica é observar quais estabelecimentos fazem promoções semanais do produto e criar uma rotina de compras nesses dias. A comparação entre os valores praticados nos supermercados e açougues também é uma forma de encontrar ofertas mais atrativas.

A mudança na tabela entrou em vigor no último dia 1º, por meio da de Instrução Normativa 18, da Secretaria da Fazenda (Sefaz), publicada no Diário Oficial. Mas o aumento só atinge o varejo nos próximos dias. “Na quarta feira começa a chegar mais caro e, no fim de semana, a maioria dos frigoríficos já deve estar com novos valores”, projeta Francisco Everton da Silva, presidente do Sindicato do Comércio de Carnes Frescas (Sindicarne-CE).

Segundo a Sefaz, foi necessária uma atualização da tabela de valores referenciais de cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) desses produtos, que estava defasada desde 2016. O crescimento varia de 38% a 70% para o fornecedor. Dentre as carnes com maior taxação estão a alcatra, contrafilé, patinho e coxão duro bovinos.

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