terça-feira, 2 de abril de 2019

Iguatu realiza Conferência de Saúde e gestores alegam dificuldades para manter hospital polo regional

Em clima de descontração com a apresentação de monólogo pela atriz Betânia Lopes e versos improvisados do poeta repentista, Joás Rodrigues, foi aberta na manhã desta terça-feira, 2, no auditório do Campus Multi-institucional Humberto Teixeira, em Iguatu, a VII Conferência Municipal de Saúde, que neste ano tem como tema central ‘Rumo às garantias de saúde e cidadania’.

O secretário adjunto da Saúde, George Xavier, observou que o município de Iguatu investe cerca de 30% na saúde local. “É o dobro do que a lei preconiza”, pontuou. “O nosso gargalo é o Hospital Regional que atende pacientes de outras cidades, realiza serviços de alta complexidade como traumatologia e não recebe a contrapartida necessária”.

A defesa do SUS e a necessidade de mais investimentos no Hospital Regional foram temas abordados na abertura do evento. “A manutenção de uma UTI tem de ter recursos do governo estadual e federal”, observou George Xavier. “O Hospital Regional tem 25 anos, mas a estrutura é a mesma”.

O secretário de Saúde de Iguatu, Rafael Rufino, mostrou que as políticas públicas são feitas a partir da participação popular e fez a defesa do SUS que chega aos 30 anos. “O SUS é muito criticado, mas é universal, atende alta complexidade, tem problemas, mas já mostrou muitos avanços”, disse.

O prefeito Ednaldo Lavor voltou a mostrar as dificuldades de manutenção do Hospital Regional de Iguatu. “Temos uma despesa mensal em torno de dois milhões de reais e só recebemos metade desse valor por repasses dos governo do estado e federal”, mostrou. “É injusta essa situação, pessoas esperando na fila para cirurgia de traumatologia”.

O gestor municipal de Iguatu disse que na tarde desta terça-feira estaria em Cariús e iria conversar com o governador Camilo Santana. “Ou recebemos mais repasse ou vamos entregar ao governo o hospital”, afirmou.

Honório Barbosa

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