segunda-feira, 8 de abril de 2019

Após avaliação negativa, políticos e mercado temem que Bolsonaro radicalize o discurso

Presidentes de partidos e analistas do mercado financeiro compartilharam nesse domingo a mesma dúvida sobre a reação que Jair Bolsonaro deve ter diante do desgaste que os primeiros 100 dias de governo causaram ao seu capital político. A informação é da Coluna Painel, da Folha de S.Paulo, adiantando que esses grupos dizem que, dado o cenário apontado pelo Datafolha, restam dois caminhos: ou o Planalto se convence da necessidade de composição e tenta alavancar a agenda no Congresso por essa via, ou dobra a aposta e radicaliza o discurso.

O aparente desprezo do presidente e de seus aliados pelos dados levou parte do mercado e da política a colocar suas fichas no segundo e mais conturbado caminho: o da radicalização do discurso.

Um conselheiro de bancos e investidores avalia que Bolsonaro pode ter perdido o timing de maior influência sobre o Congresso e corre o risco de ser visto agora como um “leão sem dentes” —o que seria ruim para a reforma da Previdência.

Esse analista diz que, escorado só em 30% da sociedade —32% classificam o governo como ótimo ou bom—, o presidente terá pouca chance de êxito. Historicamente, PT tem apoio de um percentual semelhante e “hoje ninguém mais tem medo dele”.

Blog do Eliomar

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