domingo, 10 de fevereiro de 2019

Engenheiros de pesca e biólogos elaboram diagnóstico sobre morte de peixes em Jaguaribara

Mais de 100 toneladas de peixes mortos foram encontradas nesse sábado, 9, no Açude Castanhão, em Jaguaribara. O fenômeno com a espécie tilápia começou a ser registrado na última quinta-feira, 7. Segundo a prefeitura, toda a produção da cultura foi perdida nas regiões do Curupati, Jaburu e proximidades da unidade do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).

Segundo a secretária do Desenvolvimento Econômico, Turismo, Aquicultura e Pesca do município, Lívia Barreto, engenheiros de pesca e biólogos investigam o que levou à diminuição do oxigênio no açude, causando a morte dos peixes.

“O nível ideal é de 6 a 8 ml/L (de oxigênio) e ultimamente tem zerado”, relata. Para ela, a mudança rápida de temperatura em Jaguaribara e a concentração de matéria orgânica no açude em decorrência das chuvas foram fatores agravantes.

Durante todo o sábado, funcionários da prefeitura fizeram a retirada dos peixes do local, a fim de evitar contaminação.

Em nota, a prefeitura diz que atuará junto à Secretaria Estadual e “Ministério responsável pela Pesca” para oferecer suporte aos piscicultores da região.

Confira nota emitida pela Prefeitura de Jaguaribara na íntegra:

A Prefeitura Municipal de Jaguaribara se solidariza com os piscicultores do Curupati, Jaburu e proximidades do DNOCS que se depararam no ultimo dia 09 de fevereiro com a perda de toda sua produção de tilápias em mais um episódio de falta de oxigenação para os peixes por causas que já estão sendo apuradas.

Através das Secretarias Municipais de Aquicultura e Pesca e Infraestrutura, já foram retirados os peixes da água para evitar contaminação e atuaremos junto à Secretaria Estadual e Ministério responsável pela Pesca para oferecer suporte aos piscicultores que mais uma vez passam por esse problema.

O Poder Municipal tem realizado:

– Monitoramento sanitário das produções através de coleta de peixes sintomáticos para análises laboratoriais para identificação das causas e facilitar na prevenção de causas que possibilitem a perda da produção;

– Incentivo às práticas de controle sanitário através do uso de vacinas autógenas visando a prevenção de doenças;

– Monitoramento dos parâmetros (temperatura, oxigênio dissolvido e pH)

– Realizações de Palestras com temas importantes em parceria com empresas de rações.

Continuaremos dando o suporte necessário e buscando soluções para que notícias como essa não voltem a ser dadas em nosso município.

Atualização:

A produção que o Castanhão ja atingiu no seu auge foi de 1 milhão e meio de quilos de tilápia por mês, em 2017 produzimos 10% desse número, ou seja, 150 tonelada por mês, em.2018 produzimos em torno de 300 toneladas, sempre segurando a produção máxima para vender na semana Santa, quando o preço melhora.

Ainda não concluímos o levantamento da perda, mas já está perto de 50% do que tínhamos no açude, um número que chega à 150 mil quilos de peixe.

(O POVO)

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