O clima de instabilidade em Fortaleza ainda vai durar algum tempo. O termômetro são os ataques que não cessam e intranquilizam, principalmente, o cotidiano da Capital e parte do interior do Ceará.
A estratégia difusa de atentados e a capilaridade usada com o arrebanhamento de pessoas no meio das comunidades, onde o Estado é menos, desafiam a inteligência policial e o emprego ostensivo das forças de segurança.
No ponto que chegou, não se pode pensar em um recuo do governo. Fortaleceria ainda mais o crime dentro e fora das penitenciárias. Mas os riscos daqui para frente tendem a aumentar para sufocar o levante das facções.
Até aqui, a letalidade divulgada para oito dias de conflitos é considerada baixa. São três criminosos mortos em confrontos e um policial baleado.
Como os atentados não cessaram com o endurecimento contra líderes nos presídios e a ostensividade nas ruas, a linha de enfrentamento, naturalmente, tende a se asseverar. O conflito do Ceará poderá ser um laboratório, para o bem ou para o mal, ao resto do Brasil.
O POVO
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