A juíza Giselle Lima de Sousa, da 1ª Vara da Comarca de Tauá, suspendeu os efeitos da contratação do Escritório João Azedo e Brasileiro Sociedade de Advogados, do Piauí. Essa contratação foi feita sem licitação pela gestão da ex-prefeita Patricia Aguiar, no ano de 2016. O objetivo era recuperar repasses de valores devidos pela União ao município, provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Despacho da magistrada deferiu, no último dia 11, tutela cautelar provisória de urgência, pedida pelo município de Tauá, o que resguarda o município de ter que pagar R$ 17 milhões em honorários advocatícios, com verbas federais destinadas exclusivamente ao desenvolvimento da educação municipal.
Outro lado
Sobre o assunto, a ex-prefeita de Tauá, Patrícia Aguiar, mandou a seguinte nota:
“É fato público e notório que há mais de uma década, a APRECE(Associação dos Prefeitos do Estado do Ceará), após minucioso estudo jurídico e de cálculos, levantou uma tese que ao final saiu vitoriosa – através de seus advogados, que existia uma enorme diferença financeira da transformação do FUNDEF para FUNDEB, onde esses recursos seriam creditados em benefícios dos municípios cearenses.
Após discussão se a APRECE tinha ou não legitimidade para ajuizar ações em nome dos Municípios, a entidade passou a sugerir a contratação de escritórios especializados para recuperação de créditos do Fundef não repassados corretamente pela a União aos municípios.
A Prefeitura de Tauá contratou o Escritório João Azedo, o que mais venceu judicialmente ações do tipo no Brasil e que possui o maior número de atestados de capacidade técnica que certificam sua idoneidade e os notórios conhecimentos o que resultou em vitória para o município, condenando a União a ressarcir 70 milhões de reais à Prefeitura Municipal.
Existe hoje uma discussão na justiça, com várias decisões controversas, sobre se pode ou não pagar honorários advocatícios com estes recursos. Várias são as decisões judiciais que admitem e outras que proíbem pagar honorários com este recurso.
A decisão da juíza de Tauá foi apenas para suspender provisoriamente e proibir que se pague o escritório com recursos do Fundef. O benefício para o Município de Tauá e para os professores municipais já foram satisfeitos porque os recursos já estão destacados na conta da Prefeitura Municipal em virtude da ex-Prefeita Patrícia Aguiar ter entrado com as ações no momento certo, e isso é o que interessa.
A decisão da Juíza de Tauá não atinge em nada a ex-Prefeita Patrícia Aguiar, que não teve sequer seu nome mencionado nos termos determinados pela decisão judicial, posto que a questão se resume ao Município de Tauá e ao Escritório de Advocacia João Azedo.
Tem tudo certo para Tauá e para os professores, é isso é o que interessa.
Patrícia Aguiar
Ex-Prefeita de Tauá
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