quarta-feira, 4 de julho de 2018

Ceará resgata 667 trabalhadores em situação de escravidão em 10 anos

Em 10 anos – de 2007 a 2017 – 667 trabalhadores do Ceará foram resgatados em condições análogas à de escravos. Neste período, o maior número de trabalhadores resgatados se deu em 2008 (169) e, o menor, em 2011 (1).

Isso não significa que em 2011 o número de cearenses trabalhando nessas condições tenha sido menor, e sim, de que as fiscalizações não se deram de forma sistemática. Os dados fazem parte do “Mapa do Trabalho Escravo no Ceará”, divulgado nesta quarta-feira (4), pelo Governo do Estado.

O estudo mostra que 8 de cada 10 trabalhadores libertados eram naturais do município onde foram resgatados (77,8%). Em 17 resgates (2,5%), os trabalhadores estavam sendo explorados em outros estados: Piauí (5 casos), São Paulo (3), Pernambuco (2), Paraíba (2), Rio Grande do Norte (1), Goiás (1), Amazonas (1) e Pará (1).

Os trabalhadores resgatados são predominantemente de baixa escolarização e com idade superior a 30 anos. A maioria (98,2%) é do sexo masculino, com idade entre 30 e 39 anos (32,4%), com ensino fundamental incompleto (41,4%) e solteiro (49,5%).

As inspeções fiscais identificaram 71 dos 184 municípios com casos de exploração do trabalhador, o que representa 38,4% dos municípios cearenses.

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