Ainda não será hoje, no encontro com os liderados, que Cid Gomes e outros importantes filiados ao PROS, no Ceará, decidirão se ficam ou saem do partido rumo ao PDT. Nesta segunda-feira, Cid, Ciro, José Albuquerque e Roberto Cláudio, primeiro relatarão, aos demais companheiros, as conversações desenvolvidas com as direções partidárias nacionais do PROS e do PDT, intensificadas ao longo do último dia do mês passado, em Brasília.
Naquele momento, parecia tudo estar caminhando para o PDT, tamanha era a insatisfação com o presidente da legenda onde estão albergado, Eurípedes Júnior, tanto pelo seu modo de conduzir a agremiação, sem ceder espaços a qualquer dos integrantes, quanto pelas denúncias de ações comprometedoras à imagem da sigla. José Albuquerque, o presidente da Assembleia, foi o designado para conversar com Eurípides, e dizer das condições impostas para o grupo ficar onde está.
Recebeu todas as garantias de ter o reclamado. E mais, o próprio Eurípedes foi ao encontro de Cid, no mesmo dia, para reafirmar os compromissos assumidos com Albuquerque e dizer do interesse do partido em ter Cid e Ciro como seus principais líderes, fazendo campanha nos outros estados brasileiros. Isso pesou. Deu motivo a um repensar de troca de legenda agora, embora o PDT, nas palavras do seu presidente nacional, Carlos Lupi, tenha demonstrado interesse em também ter os irmãos e seus liderados filiados à legenda, com uma perspectiva nacional.
As discussões pontuais sobre mudanças na legislação eleitoral e partidária em curso hoje na Câmara dos Deputados e no Senado, também motivam o adiamento de uma decisão sobre se fica ou sai do PROS, agora ou só após definida a Reforma Política. Alguns pontos, um pouco mais avançados da Reforma, sugerem que pelo menos o prefeito Roberto Cláudio se filie logo ao PDT, com os companheiros dispostos à disputarem vagas na Câmara Municipal, posto tais pontos tratarem de alianças e da propaganda eleitoral. Como esta parte tem pouca influência na campanha dos demais municípios do Interior, a maioria dos filiados ao PROS poderia ficar onde está.
Bem, embora não seja o encontro de hoje decisivo para saírem ou ficarem onde estão, ele, porém, será importante enquanto momento de oportuna manifestação de todos quanto aceitam a liderança dos irmãos ex-governadores cearenses. Ao ponto, também, que os fortalecem na tomada de posição. A propósito, como se discute no Senado um novo prazo limite de filiação partidária para quem quer ser candidato, caindo de um ano para seis meses, essa decisão de ficar ou sair tanto pode ser até o início de outubro próximo ou só em abril do próximo ano.
Edison Silva
Diário do Nordeste
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