sábado, 7 de fevereiro de 2015

Lula vê ação para Dilma 'não concluir mandato'

Image-0-Artigo-1794282-1Em sua primeira participação numa reunião do Diretório Nacional do PT desde que o partido chegou ao governo federal, em 2003, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) defendeu ontem o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, e disse, sem citar nomes, que há uma intenção de impedir que a presidente Dilma Rousseff (PT) conclua seu segundo mandato.

"Não é fácil um partido de esquerda governar um país importante como o Brasil. Eles não querem nem deixar concluir o mandato da Dilma, tentando criar todo e qualquer processo de desconfiança. Querem que o PT seja desacreditado na sociedade brasileira", afirmou Lula ontem, segundo a Agência PT de Notícias.

"Se tiver erro, aqueles que erraram paguem por eles. Mas devemos preservar a história deste partido e dos nossos governos", disse ontem a presidente Dilma na festa de 35 anos do PT. A presidente não fez menção a Vaccari. A militantes, a petista disse que o partido tem que ter orgulho e não pode aceitar que "alguns" coloquem a Petrobras como "vergonha".

Vaccari, que na quinta-feira, 5, foi levado à Polícia Federal para prestar depoimento no âmbito da Lava-Jato, também participou do evento. O tesoureiro é investigado por suspeitas de intermediar a arrecadação de propinas ao PT por meio de um esquema de corrupção e de cartel na Petrobras.

"O que aconteceu ontem é repugnante", afirmou Lula, conclamando o PT a "voltar pra luta". "Não podemos permitir que quem não tem moral, venha dar moral na gente", declarou.

Lula, segundo relatos, comparou as denúncias investigadas pela Operação Lava- Jato ao episódio do mensalão, que resultou na prisão de líderes petistas como José Dirceu e José Genoino. "Se ficarmos quietos, a sentença já está dada". "A briga é política. O PT tem que ter essa consciência. Tem que usar a tribuna, tem que responder, tem que votar, tem que gritar tanto quanto eles, tanto na Câmara, quanto no Senado", disse o ex-presidente, conforme a agência do PT.

O ex-presidente defendeu, a portas fechadas, Vaccari durante a reunião do Diretório Nacional e disse que a Polícia Federal não precisava tê-lo conduzido coercitivamente. Segundo relatos, Lula disse que quando um companheiro é atacado, na dúvida, fica com o "companheiro".

Na capital mineira, o ex-presidente também participou, ao lado de Dilma e do ex-presidente do Uruguai José Pepe Mujica, da festa de aniversário de 35 anos do PT. Vaccari também estava no palco do evento.

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