sábado, 7 de fevereiro de 2015

Em investigação, ministros do STF, Mendes e Cardozo são interceptados por grampo da PF

Gilmar Mendes
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, tiveram conversas interceptadas pela Polícia Federal num inquérito que investiga o ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa (PMDB).

Os dois telefonaram para o então governador, em maio de 2014, quando ele foi preso em flagrante após uma busca e apreensão em sua residência ter encontrado uma pistola com o registro vencido.

José Eduardo Cardozo
As informações são da revista "Época", que teve acesso a inquérito que corre no STF e investiga o ex-governador por corrupção devido a um esquema de financiamento ilegal de campanha e lavagem de dinheiro entre empreiteiras, o governo e agentes públicos de Mato Grosso.

No dia da prisão de Barbosa, seu celular, grampeado, recebeu por volta das 17h uma ligação do gabinete de Mendes. Quando os dois entraram em contato, o ministro o questionou sobre o que estava acontecendo e lhe enviou um abraço de "solidariedade".
O ministro taxou a situação como "uma loucura" e disse que iria conversar com o relator do inquérito no STF, ministro Dias Toffoli, sobre o caso.

Pouco tempo depois da ligação de Mendes, o telefone tocou novamente. Desta vez era o ministro Cardozo. Ele perguntou que "confusão" era aquela que estava acontecendo e, ao ouvir as explicações de Barbosa exclamou: "barbaridade".

No final da conversa, Cardozo perguntou a Barbosa sobre a atuação da Polícia Federal e questionou se os policiais o haviam mal tratado. Segundo o então governador, tudo aconteceu dentro da normalidade.

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