O TCM considera os gastos com Carnaval “não prioritários”, já que agora todas as prefeituras terão que cumprir as metas de pagar o novo piso salarial de professores (R$ 1.917,78) e o salário mínimo (R$ 788,00), além de estar atentos ao alerta da iminência de mais um ano de estiagem.
“Os gestores são os que sabem melhor da vida de seus municípios, mas onde existe uma tradição de Carnaval nós respeitamos que se promova, até pelas receitas que são geradas para estas cidades. Contudo, aqueles que enfrentam dificuldade em folha de pagamento não há por quê promover o evento”, explicou o presidente da Aprece e prefeito de Piquet Carneiro, Expedito Nascimento (PSD).
Depois da orientação do Tribunal de Contas, diversos municípios cearenses já estudam manobras para a promoção do evento. Alguns deles deverão optar por estruturas menores; outros veem como saída realizar parcerias com setores privados, ou ainda abrir mão de realizar as festividades.
De acordo com o TCM, mesmo aqueles municípios que não se enquadram em situações preocupantes, principalmente com folha de pessoal, os prefeitos deverão “agir com prudência e razoabilidade, de modo a evitar o desperdício de recursos e o desequilíbrio das contas públicas”.
“Temos que apertar o cinto. A situação em nossos municípios está difícil, e exige de nós mudanças urgentes”, defendeu o prefeito de Iguatu, Aderilo Alcântara (PRB). Em 2014, 62 cidades cearenses não realizaram Carnaval; 24 delas desistiram dos gastos. À época, diversos municípios estavam em estado de calamidade pública, em decorrência da estiagem que assolava boa parte do Estado.
O POVO Online
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