segunda-feira, 3 de junho de 2013

Relatório da AL aponta baixa capacidade em açudes do CE

A Comissão Especial da Seca da Assembleia Legislativa está concluindo o relatório de acompanhamento da problemática de estiagem e as perspectivas de chuva no Estado para 2013. O colegiado constatou que somente dois açudes estão com mais de 90% de sua capacidade, tendo alguns outros com apenas 15%, o que preocupa os membros do grupo. Os 139 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) acumulam apenas 44,6% de sua capacidade total.

Os 143 açudes do Estado do Ceará são monitorados pela Cogerh, inclusive aqueles administrados pelo DNOCS. Destes, apenas o açude Gavião faz parte do complexo que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza, estando ele com 93,03% de sua capacidade. Os últimos levantamentos do órgão apontam que 70 açudes cearenses estão com menos de 30% de água acumulada. Estes 70 reservatórios significam quase 50% dos 139 principais açudes do Ceará, conforme aponta o relatório.

Apenas dois açudes estão com mais de 90% de sua capacidade: Curral Velho, em Morada Nova, com 97,66%; e o Gavião, em Pacatuba. No entanto, o nível de água de açudes grandes preocupa o relator da comissão, como o Pentecoste, que está com apenas 15% de sua capacidade, que é de 360 milhões de metros cúbicos de água; e General Sampaio, também na bacia do Curu, com apenas 19%.

O Açude Taguara, em Cariré, na bacia do Acaraú, tem capacidade para cumular 320 milhões de metros cúbicos de água, mas está com apenas 26%. Já o Pacajus, que abastece o complexo que envia água para Fortaleza, está com 35%. O Caxitoré, em Umirim, e Pompeu Sobrinho, em Choró, estão com 24%. Cedro, em Quixadá, com 11%; o Jaburu Dois, em Independência, com 4,5%; e o Flor do Campo, de Novo Oriente, com 15%.

Em todo o Ceará, somente o Tijuquinha, em Baturité, está sangrando, mas sua capacidade é muito pequena, com apenas 974 mil metros cúbicos.

O relatório, que deve ser finalizado até 11 de junho, apontará críticas ao Governo Federal, ressaltando que a presidente Dilma Rousseff prometeu soluções emergenciais, como a liberação de R$ 9 bilhões para a seca. Porém, os deputados descobriram que os recursos já faziam parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

DN Online

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