segunda-feira, 13 de maio de 2013

Para Gurgel, projeto que inibe novas siglas 'agride Constituição'

O procurador geral da República, Roberto Gurgel
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou parecer ao STF (Supremo Tribunal Federal) no qual afirma que o projeto de lei que inibe a criação de novos partidos "agride a Constituição" e, por isso, sua tramitação deve ser interrompida definitivamente.
Gurgel avalia que foi acertada a decisão do ministro Gilmar Mendes de suspender o projeto, já aprovada na Câmara e que estava em discussão no Senado. 

"Deve ser reconhecido que o projeto de lei atacado pelo impetrante agride a Constituição em seus elementos centrais, em cláusulas pétreas, expondo-se, assim, à corrigenda pelo Supremo Tribunal Federal em mandado de segurança impetrado por senador da República antes mesmo de se ultimar a votação em Plenário do Senado", diz o procurador, em documento de 24 páginas. O pedido de suspensão do projeto partiu do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
O procurador argumenta que a possibilidade de criar novas siglas políticas está incluída pela Constituição dentro dos direitos e liberdades individuais de todos os cidadãos. De acordo com Gurgel, trata-se portanto de uma "cláusula pétrea" --regra que não pode ser modificada. 

"É atividade inerente ao Poder Judiciário corrigir fraudes à Constituição. E é disso que se trata quando o Supremo Tribunal Federal se depara com um projeto de lei que veicula proposta normativa que é de deliberação vedada até mesmo pelo Poder Constituinte de reforma", diz o procurador.

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