A Prefeitura de Iguatu obteve nesta semana, em seu favor, duas
importantes decisões junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Ceará
(TJCE), que beneficiam diretamente parte dos servidores públicos
municipais e centenas de famílias carentes do município.
Na primeira decisão, ao julgar um pedido da Justiça Local que pedia a
imediata demissão de todos os funcionários com contratos temporários da
administração municipal, causando uma paralisação quase que total da
gestão, além de ocasionar um número considerável de desempregados, o
Tribunal de Justiça do Ceará, ao analisar o processo, resolveu reformar a
decisão, e estabeleceu um prazo de 180 dias para que a prefeitura
demita os funcionários contratados e realize o concurso público.
A segunda vitória foi em relação ao Agente do Bem, programa que isenta
as famílias mais carentes do município do pagamento das contas de água e
energia elétrica. O Tribunal de Justiça, ao analisar uma decisão
judicial do então juiz eleitoral de Iguatu, José Batista de Andrade, que
suspendeu a continuidade do programa sob alegativa de que o mesmo teria
caráter eleitoreiro, deu parecer favorável pela continuação do
programa. Conforme parecer da Justiça, nenhuma irregularidade foi
encontrada na execução do programa, que agora deve ser retomado.
Entenda a notícia
No caso do programa Agente do Bem, a denúncia partiu de grupos políticos
reacionários da política local, que ao considerarem o programa como
eleitoreiro, acionaram o Ministério Público de Iguatu. No dia 27 de
fevereiro deste ano, atendendo a uma representação do promotor eleitoral
Fernando Miranda, o então juiz eleitoral José Batista de Andrade,
acabou determinando a suspensão do programa. A decisão causou revolta na
população, que saiu às ruas em sinal de protesto.
Entenda o que é o Agente do Bem
O Agente do Bem tem como objetivo isentar as famílias carentes do
município do pagamento das contas de água e energia elétrica. De
imediato o programa vai atender a um número aproximado de mil famílias,
que serão cadastradas por meio dos 114 agentes capacitados, que farão
visitas nas residências com o objetivo de identificarem as famílias em
vulnerabilidade social e que atendam aos requisitos exigidos pelo
programa: renda mensal de até R$ 70 e famílias que moram em condições
precárias, como é o caso das casas construídas à base de madeira e
barro, as conhecidas taipas.
Para se manter no programa as famílias terão que manter alguns
requisitos básicos: manter a caderneta de vacinação das crianças em
dias; ausência de focos de doenças endêmicas nos domicílios (larva do
mosquito da dengue, por exemplo); combate a violência doméstica; manter
os filhos na escola pública com freqüência mínima de 85% para alunos de
04 a 17 anos; manter um consumo de água de no máximo 10m³ mensal e de
energia elétrica em até 65 kW. Além disso, as famílias com
vulnerabilidade social devem matricular seus filhos nos programas
sociais para serem assistidos pelos CRAS e CREAS.
Iguatu Notícias
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