segunda-feira, 21 de maio de 2012

Multa eleitorais: Cearenses deixaram de pagar R$ 12,4 mi

Políticos, partidos e eleitores cearenses deixaram de pagar, pelo menos, R$ 12,4 milhões referentes à aplicação de multas eleitorais. Embora as consequências dessa dívida abranjam desde o impedimento à candidatura até mesmo à possibilidade de bloqueio de bens, são poucos os que pagam, de fato, as multas. A estimativa é de que, no Brasil, a União consiga reaver apenas 5% do montante total de multas aplicadas por infrações eleitorais. A quantia ressarcida, conforme determina a legislação, é repassada ao Fundo Partidário.

São várias as situações que podem provocar as multas eleitorais. Dentre as mais comuns, estão problemas na prestação das contas de campanha, doação financeira a candidatos acima do valor máximo permitido por lei, propaganda eleitoral irregular ou mesmo captação ilícita de sufrágios, a compra de votos.

O procurador regional eleitoral, Márcio Torres, explica que normalmente pagam as multas eleitorais aqueles que têm interesse em pleitear algum cargo eletivo. Isso porque os que não pagam ficam sem o documento de quitação eleitoral exigido para o registro de candidatura. "Os candidatos só obtém o registro se demonstrarem que já pagaram ou pelo menos parcelaram essas dívidas. O Tribunal Eleitoral dá ciência das listas de devedores aos partidos para que as pessoas possam regularizar sua situação", explica o procurador do Ministério Público Eleitoral.

Porém, na prática, é comum que os pretensos candidatos façam o parcelamento dessas dívidas antes do prazo para registro de candidaturas, paguem até obterem o registro de suas candidaturas e depois deixem de quitar as demais parcelas. Acontece que a inadimplência pode trazer consequências ainda maiores.

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