O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou
nesta segunda-feira (28), em entrevista à TV Globo, que conversou com o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no fim de abril sobre a
possibilidade de adiar o julgamento do processo do mensalão, suposto
esquema de compra de apoio político no Congresso descoberto em 2005,
início do governo Lula.
"Claro que houve a conversa sobre o mensalão e o ministro [Nelson] Jobim sabe disso", disse. Segundo reportagem deste final de semana da revista "Veja", o encontro ocorreu no dia 26 de abril no escritório do ex-ministro do STF Nelson Jobim. Na ocasião, segundo a revista, Lula teria feito pressão sobre Mendes, lhe oferecendo "blindagem" na CPI que investiga as relações políticas do bicheiro Carlinhos Cachoeira, em troca do adiamento do julgamento do mensalão.
"Claro que houve a conversa sobre o mensalão e o ministro [Nelson] Jobim sabe disso", disse. Segundo reportagem deste final de semana da revista "Veja", o encontro ocorreu no dia 26 de abril no escritório do ex-ministro do STF Nelson Jobim. Na ocasião, segundo a revista, Lula teria feito pressão sobre Mendes, lhe oferecendo "blindagem" na CPI que investiga as relações políticas do bicheiro Carlinhos Cachoeira, em troca do adiamento do julgamento do mensalão.
Ele teria então mencionado uma viagem do ministro Gilmar Mendes a
Berlim em que teria se encontrado com o senador Demóstenes Torres (sem
partido-GO), supostamente paga pelo bicheiro - o que foi negado por
Mendes.
Na entrevista, Mendes também confirmou que Lula teria lhe dito que o
governo tinha "domínio" sobre a CPI. O assunto do mensalão, disse,
começou quando falavam sobre futuras reposições de vagas do STF e sobre a
PEC da Bengala, proposta que estende a idade de aposentadoria dos
ministros.
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