quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Polícia investiga racismo e intolerância religiosa dentro do BBB19

Após várias declarações polêmicas dentro do BBB19, a Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) do Rio de Janeiro abriu inquérito para investigar crimes de racismo e intolerância religiosa cometidos por participantes. O inquérito foi confirmado nesta terça-feira, 11, em nota da Polícia Civil ao portal Notícias da TV.

"De acordo com informações da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, foi instaurado inquérito para apurar o ocorrido. As investigações estão sob sigilo", informou a nota.

Um dos casos mais recentes é quando Maycon se sente incomodado ao ver Gabriela e Rodrigo dançando juntos, ao som da música “Identidade”. “Eu senti um arrepio. Começou a tocar umas músicas esquisitas, daí eu olhei pros dois, num sincronismo legal. Achei legal, juro por Deus. De repente, comecei a olhar e escutar uns negócios. 'Não faça igual a eles'. Aí veio Jesus Cristo. 'Se você fizer igual a eles, eles ganharão mais força'. Eu não sou doido”, afirmou Maycon.

Em outro momento, em conversa com Paula e Hariany, Maycon comentou que não iria aceitar cigarro de Gabriela. Na conversa, Paula afirma: "Os ‘treco’ adora cigarro e fumar. Eu não vou falar o nome desse espírito aí, mas a pessoa da oferenda quer cigarro, bebida, pra eles. Nosso Deus é maior".

Além da intolerância religiosa, casos de racismo já vinham sendo apontados por internautas. Paula desde o início da edição promove comentários considerados como racistas pelo público. Em uma das conversas, ela contou a história de uma mulher que havia sido esfaqueada pelo marido. Ao contar como era a aparência do homem, ela afirma: “E aí eu pensei que ia chegar mó faveladão lá, e quando eu vi o cara era branquinho”.

Em outro momento, Paula se referiu ao cabelo cacheado como “cabelo ruim”.

A hashtag #BastaDeRacismoNoBBB esteve entre os assuntos mais comentados do Twitter no domingo. A tag teve como objetivo pedir que o programa tomasse providências quanto aos casos.

O POVO

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