quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

'Tem espaço para reduzir mais', diz secretário sobre cortes em secretarias e cargos do Governo do Estado

O Governo do Estado encaminhou para a Assembleia Legislativa projeto de Lei que reduz de 27 para 21 o número de secretarias da administração pública. A proposta, que tramitará em regime de urgência, reduz ainda 997 cargos comissionados, possibilitando assim a redução de gastos no valor de até R$ 27 milhões anuais. As mudanças devem ser aprovadas neste mês, sem dificuldades, já que o Palácio da Abolição conta com ampla maioria no Legislativo.

Essa é “a mais ousada” alteração na estrutura governamental nos últimos anos, segundo explicou o secretário de Planejamento e Gestão, Maia Júnior, responsável pelo estudo de modificação da máquina. O projeto tem como meta principal tornar a administração pública “mais eficiente”.

Apesar de extinguir quase mil cargos, o Governo criará outros 40. A Lei, caso seja aprovada pelos deputados ainda na atual Legislatura, entrará em vigor no dia 1º de janeiro, dia da posse do governador Camilo Santana (PT) para o segundo mandato. O então governador Tasso Jereissati, em duas ocasiões (1987 e 1995), realizou reformas de gestão fiscal, assim como o ex-governador Lúcio Alcântara. No entanto, conforme Maia Júnior, as mudanças pensadas para a gestão Camilo Santana terão “efeito semelhante”, mas em um “Estado moderno”, diferente de 30 anos atrás.

A proposta reduz quase 23% das secretarias da gestão, bem como 10% dos cargos públicos e terá como efeito a melhoria dos gastos do Governo do Estado. Todas as secretarias serão atingidas com a redução de 997 cargos, mas não foi detalhado o corte de cada órgão. Algumas perderão quadros, e outras ganharão servidores.

“Tem espaço até para se reduzir mais, mas aí precisamos aprofundar os estudos”, disse o gestor. Afirmou, ainda, que é preciso dar continuidade a esse trabalho de enxugamento da máquina. Ele pretende, futuramente, tornar os cargos mais atrativos e qualitativos, buscando pessoal com melhor nível para a gestão.

Nenhum comentário: