sábado, 8 de dezembro de 2018

Secretaria não esclarece atuação da Polícia em tiroteio de Milagres

Em nota emitida no fim da manhã deste sábado (8), a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) não esclareceu a atuação da Polícia na operação em Milagres, que deixou 14 pessoas mortas. No texto, a Pasta detalhou apenas as oito prisões já realizadas até este sábado, sem informar, porém, de onde partiram os tiros que mataram os reféns durante a ação.

De acordo com o comunicado, “conforme levantamentos policiais, na noite dessa sexta-feira (7), três homens e duas mulheres estavam em um veículo Fiat Strada, trafegando pela BR 116 (via que liga os municípios de Juazeiro do Norte a Milagres), quando foram abordadas por equipes do Batalhão de Policiamento Rodoviário Estadual (BPRE) da Polícia Militar do Ceará (PMCE). Com mais essas prisões, sobe para oito o número de pessoas presas suspeitas de participarem direta ou indiretamente no crime. Dentro do carro, foi encontrado um carregador municiado de calibre .40, e cinco pessoas oriundas dos estados de Alagoas e Bahia”.

Ainda segundo o texto, os suspeitos foram levados a uma unidade da Polícia Civil para realização de flagrante nos crimes de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, por integrar organização criminosa e por favorecimento pessoal. Eles foram identificados por Genonilma Serafim da Silva (44), natural de Delmiro Gouveia-AL e mãe de Mackson Junior Serafim da Silva (26), morto na troca de tiros com a Polícia nessa sexta (07); o filho dela, Denilson Moreira da Silva (20), natural de Paulo Afonso-BA e irmão de Mackson; Jaine Pereira Nogueira (20), também da cidade de Delmiro Gouveia-AL e companheira de Mackson; Girlan Araujo dos Santos (29), nascido em Água Branca-AL; e Erivan Jesus da Luz (27), natural de Catu-BA. Erivan também foi autuado por latrocínio (roubo seguido de morte), já que há indícios de que ele estaria na companhia do grupo que atuou na ação criminosa.

“De acordo com a Polícia Civil, os cinco suspeitos estavam circulando no carro abordado pelos policiais militares na tentativa de resgatar pessoas envolvidas no crime e que estariam escondidas na região. Os familiares de Macson haviam comparecido à sede do núcleo da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) para reconhecer o corpo. As buscas por outros suspeitos que participaram direta ou indiretamente no crime continuam em andamento”, continua o texto.

A nota informa ainda que mais informações serão repassadas em momento oportuno para não comprometer o trabalho investigativo.

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