segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Corpo de cearense assassinada no Rio será enterrado nesta segunda-feira em Crateús

Crislyrrane de Sousa Bonfim, 23, foi assassinada na cidade do Rio de Janeiro por um homem que seria considerado por ela um amigo. O corpo da mulher chegou ao Ceará no último sábado, 15, e está sendo velado em sua cidade de nascença, Crateús. Lyrrane, como costumava ser chamada, era caixa de supermercado e já morava há quatro anos no Rio de Janeiro, onde constituiu família. “Tem uma filha de três anos”, lembrou o padrasto, o motorista Rogério Soares, 42, quem contou a história ao O POVO. O crime ocorreu na última quinta-feira.

O sepultamento de Lyrrane está marcado para ocorrer hoje, 17, em Crateús. A família chegou neste domingo a Fortaleza, pois estavam no Rio de Janeiro desde o dia da morte da filha.

Segundo Rogério, a enteada foi morta por um homem em situação de rua a quem ela e as amigas costumavam ajudar. “Ela sempre ajudava dando comida. Depois, foi se criando um vínculo de amizade. Ela considerava ele um amigo”, ressaltou o padrasto. Tanto que Rogério lembrou que há menos de um mês Lyrrane havia preparado uma festa de aniversário para o morador. “A gente não consegue entender por que ele fez isso”, lamentou.

Na manhã do dia 13 de dezembro, pouco depois de receber um telefonema da mãe, que estava prestes a embarcar num avião para passar Natal e Réveillon com ela no Rio, Lyrrane teria sido abordada pelo assassino que, como de costume, havia ido ao supermercado onde ela trabalhava, no bairro Recreio dos Bandeirantes.

“Diz que ele chegou lá e não falou com ninguém. Era cedinho. Estirou a mão pra ela, ela tava sentada. Entrou, pegou uns pães, colocou em frente ao caixa que ela tava, voltou, pegou uma faca na parte do frigorífico, escondeu na calça, se aproximou dela por trás e furou ela. Foi uma furada fatal”, relatou Rogério.

A riqueza de detalhes na narrativa do padrasto foi possível porque, segundo ele, um amigo da família teve acesso às imagens de monitoramento do supermercado. Após o crime, ainda segundo Rogério, o morador de rua teria saído atordoado para a rua, onde a população do entorno teria se reunido, revoltada, para linchá-lo até a morte.

Há informações de que o morador teria matado a cearense por ciúmes, mas não há confirmação oficial sobre essa motivação. O POVO procurou a Polícia Civil do Rio de Janeiro para saber detalhes sobre o caso mas, até o fechamento desta matéria, não recebeu retorno do órgão.

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