quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Propor um superministério da Economia é uma contradição, diz Mauro Filho

Mauro Filho, economista, professor universitário e deputado federal eleito pelo PDT, criticou os primeiros anúncios dos representantes da área econômica do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Sobre o anúncio da criação de um superministério juntando as pastas de Fazenda, Planejamento e Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Mauro Filho considera um equívoco. Ele diz que o Ministério da Fazenda tem o papel de controlar as despesas e “puxa ações para dentro do governo” com o Ministério da Indústria, que se propõe a estimular a economia e desenvolver políticas para aumentar a competitividade das empresas.

“É uma contradição propor um superministério da Economia”, disse, em entrevista, nesta quarta-feira, ao jornalista Luiz Viana, âncora do programa O POVO no Rádio, na Rádio O POVO/CBN.

Quanto à proposta de priorizar a reforma da Previdência, Mauro Filho cobrou uma maior clareza sobre qual caminho o governo deve seguir nessa área. Para o deputado, o “super-ministeriável, economista Paulo Guedes, o vice General Mourão e o próprio Bolsonaro ainda estão “batendo cabeça” e não se entendem sobre o que realmente pretende fazer.

Mauro Filho era coordenador de economia do então candidato a presidente Ciro Gomes e defendeu uma reforma da Previdência que mudaria gradativamente o regime atual de repartição. Nessa mudança, os trabalhadores da ativa bancariam as aposentadorias para o regime de capitalização em que as aposentadorias são garantidas pela contribuição dos próprios trabalhadores que se aposentam, com aporte do governo e das empresas.

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