sexta-feira, 6 de julho de 2018

Queimada e desmatamento estão entre os problemas ambientais no Ceará

Desmatamento, queimada e falta de saneamento básico são os principais problemas ambientais do Ceará, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em estudo que analisa o Perfil dos Municípios Brasileiros em 2017, divulgado na manhã de ontem, 5, o Instituto constatou que 42% das 184 cidades cearenses sofrem queimadas, 39%, falta de saneamento e 32%, desmatamento. Reforçando o cenário, a pesquisa constata que menos de 10% dos municípios investem diretamente em conservação e recuperação.

Outra ocorrência característica do Estado tem sido a diminuição da vazão de corpos d’água em 49 municípios, seguido de poluição e assoreamento em 21 e 17 cidades, respectivamente. Essa situação é comum a quase todos os estados do Nordeste e decorre tanto da ação humana direta como da escassa cobertura de saneamento e, no caso do Ceará, dos seis anos ininterruptos de seca . Os números se agravam quando são analisadas as consequência dessas ocorrências.

O estudo aponta, por exemplo, que, em 2017, dos 184 municípios do Estado, 88% tiveram perdas financeiras, 80% tiveram perdas de animais, 93% tiveram perdas ou redução da produção agrícola e 30% viram surgir ou aumentar áreas desertificadas — áridas, inférteis.

Para minimizar esses danos, a gestão pública cearense, ainda segundo o IBGE, tem priorizado escavação de poços, construção de cisternas e distribuição de água por carro-pipa. Outras ações menos emergenciais, porém, mais duradouras, como uso sustentável dos recursos naturais, recuperação da vegetação e incentivo público à agricultura adaptada ao clima e ao solo da região são menos disseminadas. Chegam a 50, 27 e 49 cidades, respectivamente.

Quando se trata da destinação de recursos financeiros para serviços de conservação e recuperação do meio ambiente, o estudo revela que somente 9,7% dos municípios se comprometem com o assunto.

Todos esses, que se resumem a 18 cidades, investem recursos próprios. Somente um recebe, também, capital federal, privado e oriundo de doações.

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