sábado, 14 de julho de 2018

Greve dos rodoviários completa uma semana; partidas sofrem atrasos

Trabalhadores das Empresas de Transporte Rodoviário de Passageiros Intermunicipal e Interestadual (Sinteti), Carlos Jefferson, alega que o sindicato patronal quer fazer “retirada de direitos”. “Estão demitindo um cobrador que ganha R$ 1.260 com direito a vale-refeição e plano de saúde e contratando jovem aprendiz para ganhar R$ 583”, acusa.

Ele afirma que linhas das cinco empresas cujos empregados que aderem à greve (Expresso Guanabara, São Benedito, Fretcar, Princesa e Viametro) devem ter paralisações por períodos de tempo maiores caso o outro lado não ceda, afetando viagens interestaduais e intermunicipais. “Estamos pedindo que a população não compre passagem, procure meios alternativos”

Já o presidente do Sinter Ônibus, Mário Albuquerque, lamenta os transtornos trazidos pela greve, principalmente considerando o período de férias, em que maior quantidade de pessoas viaja. “Tentamos que eles entendessem esse novo momento, a dificuldade financeira das empresas”. Segundo ele, os empregados com jornada reduzida atuariam em viagens longas, impedindo que outros motoristas excedessem seus tempos de trabalho.

Enquanto isso, no Terminal Rodoviário Engenheiro João Thomé, na manhã de ontem, o fluxo era normal. Nas plataformas de embarque, alguns passageiros sequer sabiam da greve, por a paralisação não estar sendo integral.

A bilheteria de algumas empresas tinha fila. A professora Edilene Oliveira, 24, teve medo de não conseguir ir visitar a mãe em Uruburetama (a 110 km da Capital), devido à greve. “Fiquei bastante aflita. Achei que quando chegasse aqui não teria passagem, não teria ônibus. Mas, graças a Deus, deu tudo certo”.

ACORDO

Gérson Marques, do MPT, aponta que outra audiência será convocada se os lados “evoluírem” nas propostas. “Dá pra ter uma esperança de que as partes ainda mudem de opinião e busquem algum consenso. Por ser (serviço) essencial para a sociedade, não pode demorar muito”.

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