sábado, 14 de julho de 2018

A favorita ou a zebra? França e Croácia farão final de Copa do Mundo inesperada na Rússia

O estádio Luzhniki, em Moscou, será palco, neste domingo (15), de uma inesperada final de Copa do Mundo. A partida será entre a França, que costumava figurar na lista de favoritas ao título, mas nunca foi uma unanimidade, e a Croácia, uma das maiores surpresas de toda a história da competição.

Lionel Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar chegaram à Rússia como os grandes astros e ansiosos para conquistarem o título inédito em suas carreiras. As seleções brasileira e alemã eram apontadas como as principais candidatas ao título, mas os pentacampeões caíram nas quartas frente à “ótima geração belga”, enquanto a ainda atual campeã ficou pelo caminho ainda na fase de grupos, na lanterna de uma chave que ainda tinha Suécia, México e Coreia do Sul.

É a primeira decisão de Mundial sem Brasil, Alemanha, Itália, Argentina ou Holanda. A coroa ficará com a França, única a alcançar a última partida três vezes nos últimos 20 anos e que sonha com o bi, ou com a Croácia, país que se tornou independente há apenas 26 anos e que nunca foi vista como grande potência.

Só essas duas equipes conseguiram progredir até a hora da verdade, cada uma com o seu estilo, com as suas armas. Os “Bleus” mostram um futebol muito eficiente e rápido, mas nem por isso pragmático, enquanto a seleção dos Bálcãs é marcada pela entrega e o toque de bola.

O técnico Didier Deschamps conseguiu fazer uma equipe muito a imagem e semelhança da de 1998, que conquistou o troféu para a França em casa e da qual era o capitão. Na ocasião, o time dirigido por Aimé Jacquet deixou os croatas pelo caminho nas semifinais, com uma vitória por 2 a 1 de virada.

A Croácia teve mais a comemorar que a lamentar naquela Copa, já que logo em sua primeira participação obteve o terceiro lugar. O feito de Davor Suker, Zvonimir Boban, Robert Prosinecki, Robert Jarni, Slaven Bilic e Igor Stimac, entre outros, não tinha sido superado ou mesmo repetido até agora.

Os “Bleus” souberam encontrar uma fórmula que mistura a sobriedade e a firmeza da defesa com a qualidade de Antoine Griezmann e a velocidade de Kylian Mbapppé. Ambos se postulam a derrubar a dicotomia de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi e ficar com o prêmio The Best da Fifa.

Quem também aparece como forte candidato à honraria é Luka Modric, capitão e referência técnica desta Croácia, com Ivan Rakitic como auxiliar de luxo. Jogadores de Real Madrid e Barcelona, respectivamente, eles se acostumaram a rivalizar nos últimos anos, mas formam juntos uma grande dupla, a base do futebol proposto por Zlatko Dalic.

Taticamente, se apresenta um final muito interessante, mas é preciso ver como a Croácia se recuperou de uma maratona de três prorrogações seguidas, com duas disputas de pênalti no período, o que representa, em minutos em campo, que a equipe do leste europeu jogou uma partida a mais que a adversária.

Deschamps não tem qualquer problema para a partida decisiva. Já pela Croácia, o atacante Perisic sentiu dores na coxa depois do triunfo sobre a Inglaterra na última quarta, mas dificilmente ficará de fora. Dessa forma, o mais provável é que os dois treinadores repitam as equipes das semifinais.

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