sexta-feira, 11 de maio de 2018

Reconstituição do assassinato de Marielle dura mais de 5 horas

A reconstituição do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, iniciada às 22h53 desta quinta-feira, 10, na esquina das ruas João Paulo I e Joaquim Palhares, no Estácio, região central do Rio, onde o crime foi cometido, terminou às 4h20 desta sexta-feira, dia 11.

O modelo da arma usada no crime, a distância e o ângulo em que os tiros foram disparados e até mesmo o grau de perícia do assassino são algumas das informações que os policiais da Divisão de Homicídios esperam obter com a reprodução simulada que durou cinco horas e meia.

A imprensa não pode acompanhar a reconstituição, da qual participaram peritos da Polícia Civil e delegados da Delegacia de Homicídios do Rio, que investiga o caso. O local do crime foi cercado com lona preta e fotógrafos tentaram fazer registros a partir de prédios das imediações – mas pelo menos duas árvores atrapalham a visão de cima. Ao final, nenhum participante da simulação concedeu entrevista à imprensa.

O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que não presenciou o crime mas chegou ao local minutos depois, participou da reconstituição, assim como a assessora de Marielle – que estava com ela no carro quando o crime ocorreu e sobreviveu ilesa – e outras testemunhas do crime.

Às 2h51 foram ouvidos os primeiros tiros – uma rajada deles. Foi usada munição verdadeira para que os peritos avaliassem a repercussão sonora e outras circunstâncias. Foram disparados tiros em outros quatro momentos – tanto rajadas como tiros pontuais.

“Essa atividade (a simulação) é muito importante principalmente em investigações complexas como esta”, explicou o delegado Giniton Lages, da Divisão de Homicídios, responsável pela investigação do crime. “Como não temos a imagem do momento do crime, a reprodução simulada é uma ferramenta imprescindível”, disse.

Jovem Pan 

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