terça-feira, 22 de maio de 2018

Arrecadação de royalties no Brasil cresce 38,5% até abril e rende R$ 3,5 bilhões a mais

A escalada dos preços internacionais do petróleo tem ajudado o caixa da União, estados e municípios. De janeiro a abril, arrecadação com royalties e participações especiais sobre a produção do petróleo no país cresceu 38,5%, na comparação com o mesmo período do ano passado, garantindo uma receita extra de R$ 3,5 bilhões.

Segundo levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a partir de dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), essa fonte de receita atingiu R$ 12,873 bilhões nos 4 primeiros meses do ano, contra uma arrecadação de R$ 9,292 bilhões de janeiro a abril do ano passado.

Na semana passada, o barril de petróleo do tipo Brent superou os US$ 80 pela 1ª vez desde novembro de 2014. Há 1 ano, o préço médio do barril rondada os US$ 50. Pelas projeções do CBIE, se o preço médio do barril de petróleo se mantiver em US$ 70, a receita total de royalties e participações especiais no Brasil poderá chegar a R$ 43,3 bilhões no ano, o que representará uma alta anual de 42,1% e o maior valor anual já recolhido no país.

"Vai aumentar no mínimo 42%. Este é o piso do crescimento que prevemos em relação a 2017", afirmou o sócio-diretor do CBIE, Adriano Pires. Ele enfatizou que, além da alta no preço do petróleo no mercado internacional, há expectativa de novo recorde na produção brasileira. "Quanto mais se produz, mais se paga royalties e participações especiais".

O economista apontou que a expectativa é de que o preço do barril se mantenha acima de US$ 70. "O que detonou esse preço foram questões geopolíticas, como a ameaça de guerra na Síria, a saída dos Estados Unidos do acordo com o Irã e o boicote a Venezuela, que são grandes países produtores de petróleo. Eu acho que em função desses movimentos, ele [o preço do Brent] deve ficar numa média de US$ 70 , algo que não era visto desde 2012", acrescentou Pires.

G1

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